Turnover voluntário: o que você precisa saber

Turnover voluntário: o que você precisa saber

A retenção de talentos é fundamental para destacar-se em um mercado cada vez mais exigente e isso já não é novidade.

Mas você monitora de perto a taxa de turnover voluntário do seu negócio?

Todos os dados relacionados à rotatividade são relevantes, como você pode conferir no nosso artigo completo sobre turnover nas empresas.

Por isso, é fundamental estar atento quando os colaboradores não hesitam em romper contratos e mudar de trabalho.

Segundo Fabrizia Araújo Soares, diretora da Selpe Advisory, em matéria para o Diário do Comércio, “é preciso ter políticas de gestão de pessoas com transparência em fatores ligados ao reconhecimento, promoção e desligamentos”.

Então, se você não quer perder os seus melhores talentos, recomendamos que continue a leitura.

O que é o turnover voluntário?

O turnover voluntário é o desligamento do colaborador por desejo do próprio. Também conhecido como rotatividade voluntária, caracteriza-se pelo fato de que, mesmo que haja motivos por parte da empresa, o funcionário se antecipa ao empregador e solicita sua demissão.

Como identificar um turnover voluntário funcional ou disfuncional?

Nem sempre o turnover voluntário tem impacto negativo. Há situações, por exemplo, em que essa demissão acelera um processo de reestruturação.

O turnover voluntário funcional acontece quando o profissional já não atende às expectativas da empresa, ou não se adaptou e prefere sair. Então, ele se antecipa a uma futura ação do RH e se demite.

O turnover também é considerado funcional quando a reposição de funcionários e mão de obra qualificada ocorre facilmente.

Neste quadro de demissão antecipada, a empresa tem gastos menores com encargos de rescisão, por exemplo.

Já o turnover voluntário disfuncional é o pior cenário. É quando o funcionário que solicita o desligamento apresenta excelentes resultados, é peça essencial da estratégia da empresa e, dificilmente, encontra-se profissionais tão bem qualificados.

Além da perda de capital intelectual, isso também resulta em gastos imprevistos com um novo processo de recrutamento e seleção.

Turnover voluntário e involuntário: quais são as diferenças?

Agora que você já conheceu os dois formatos de turnover voluntário, é importante saber que existe uma outra modalidade de desligamento.

O turnover involuntário é quando a decisão de demissão parte da própria empresa.

A rescisão pode ser por justa causa, como baixo desempenho ou incompatibilidade comportamental e/ou fit cultural. Mas também pode ter motivos não tão pessoais, como uma reestruturação da empresa ou extinção de um setor.

Em resumo, a principal diferença entre turnover voluntário e o involuntário é de quem parte a decisão da demissão.

Quais são as principais causas?

O turnover voluntário não deve ser visto como causa de um único problema.

Se a taxa de rotatividade voluntária de sua empresa não para de crescer, tenha certeza de que há uma série de fatores que estão acarretando este movimento.

Também não podemos afirmar que os erros estão apenas na gerência ou liderança imediata. Afinal, os motivos podem estar desde o momento do recrutamento até a falta de oportunidades e reconhecimento interno.

Sobre os motivos que levam ao turnover voluntário, Fabrizia Soares pontua que:

Ser um colaborador apenas nas atividades que eu executo, já não é mais um desejo dessa nova geração que está nas empresas. Elas querem contribuir e compartilhar mais. Querem perceber que, de fato, colaboram e contribuem para as tomadas de decisões.

Além desse, há outros motivos que levam ao turnover:

  • falhas no processo de seleção;
  • divulgação equivocada de vagas;
  • incompatibilidade cultural;
  • ambiente desrespeitoso;
  • ausência de plano de carreira e possibilidade de crescimento;
  • salário abaixo do mercado;
  • falta de feedback;
  • sobrecarga e acúmulo de funções;
  • lideranças despreparadas.

Qual o impacto do turnover voluntário nas empresas?

O turnover é prejudicial à empresa e impacta desde o ambiente dos colaboradores remanescentes, até os setores financeiro e de gestão de pessoas.

O primeiro setor a acusar o golpe de uma demissão é o de Recursos Humanos, que deverá lidar com os trâmites de desligamento e organizar um processo seletivo que, provavelmente, não estava planejado para o momento.

Abrir uma oportunidade é muito mais que divulgar uma vaga nas redes sociais, envolve investimento financeiro para estruturar o processo e, em determinadas situações, arcar também com treinamentos.

A alta rotatividade prejudica aqueles que ficam. Entre a saída de um colaborador e a contratação de um novo, as equipes podem ficar sobrecarregadas.

Cria-se um clima de estresse, sem a certeza da chegada de uma nova pessoa, e funcionários sentem-se desvalorizados ou até mesmo explorados.

Não precisamos dizer que tudo isso acarreta queda de produtividade e qualidade nas entregas.

Como calcular o turnover voluntário?

O cálculo de turnover é bem simples, desde que você tenha bem documentada a rotatividade da sua empresa, ou seja, o número de entradas e saídas de funcionários.

Para saber a taxa de turnover, você deve:

  • somar os números de entrada e saída (admissão e desligamento);
  • dividir a soma por 2;
  • o resultado deve ser dividido pelo número total de funcionários;
  • multiplique por 100 e você encontrará o índice de rotatividade.
Turnover voluntário: o que você precisa saber

Fórmula de cálculo da taxa de turnover voluntário nas empresas.

Aprenda a reduzir o turnover voluntário

Agora que você está por dentro do assunto, é hora de aprender como diminuir a rotatividade voluntária. Separamos algumas dicas para você reter os talentos da sua empresa:

É importante entender que o turnover voluntário impacta a sua empresa, tanto internamente quanto na imagem que é passada para o mercado. Por isso, este artigo é de suma importância para que você consiga gerenciar os movimentos de rotatividade.

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Autor
Maurício é bacharel em Letras pelo CEFET-MG e ler e escrever são suas paixões. Na Selpe, é redator e trabalha com a produção de conteúdo para redes sociais e outros canais de comunicação.
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