Desigualdade social e inclusão no mundo do trabalho

A desigualdade social e econômica no Brasil coloca o país entre os 10 mais desiguais do mundo, segundo dados da Síntese de Indicadores Sociais, divulgada pelo IBGE em 2020. Essa dura realidade afeta diretamente a relação de trabalho dos brasileiros. Nesse contexto, como pensar em oportunidades iguais para todas as pessoas?
Os constantes avanços tecnológicos impulsionam novas demandas no mercado, com atividades e habilidades diversas das carreiras mais convencionais. Para ocupar essas novas vagas, é natural que também sejam exigidas novas aptidões e know-how.
A questão é: como alguns desses novos desafios impactam o mundo do trabalho e quais são as suas respectivas implicações para a sociedade? Em um cenário tão desigual e desafiador, como praticar a inclusão? Continue a leitura e saiba mais!
Inclusão e novos desafios
A luta pela inclusão pode ser percebida quando as pessoas de todos os grupos sociais são, de fato, tratadas de maneira justa e igualitária.
Quando falamos da realidade do mercado de trabalho atual, é necessário pensarmos que a inclusão de todos os grupos sociais demandará novos desafios para a capacitação desses profissionais, visando garantir seu espaço no mercado de trabalho, contribuir para o crescimento do país e permitir que desfrutem dos benefícios que a globalização oferece.
Para isso, o profissional da atualidade deverá ter habilidades flexíveis, ser multifacetado e ter mais autonomia. Por outro lado, a sociedade e as organizações têm atuado para promover o debate e a responsabilização dos atores sociais capazes de atuar frente a essas novas demandas.
As relações sociais e o mercado de trabalho
Ao pensar na redução das desigualdades sociais no ambiente corporativo é inevitável traçar um paralelo com tantas outras relações que permeiam o convívio em sociedade.
Desde os diferentes níveis de escolaridade e experiências de vida, até questões de gênero e raça, a inclusão de profissionais em diferentes estágios de capacitação e sujeitos aos mais diversos tipos de preconceitos requer uma atenção extra.
Para isso, empresas podem, para além de capacitar colaboradores, investir em políticas de igualdade, diversidade, equidade e inclusão, bem como diversificar seu modelo de recrutamento e seleção.
Com a mudança gradual do mercado de trabalho e com mais oportunidades para todos, será possível, também, reduzir as desigualdades em outros setores da sociedade.
Iniciativas para promover a inclusão
Algumas organizações, conscientes do seu papel como agente transformador da sociedade, têm se mobilizado para criar programas de promoção à inclusão.
Um exemplo é a campanha de estágio 2021 na Avon, em que não é exigido o domínio do inglês e 50% das vagas são destinadas para pessoas negras. Essa iniciativa contempla o compromisso antirracista da empresa e as áreas de atuação são diversas, como nos setores de vendas, marketing, logística, engenharias, RH, entre outras.
Mais um exemplo vem da Natura, que no ano de 2020 teve mais de 19 mil inscritos e superou as metas de diversidade na contratação: eles esperavam contratar 33% de estudantes negros e superaram o marco de 50%.
Assim, diante da enorme complexidade e os múltiplos contrastes sociais que atravessam o mundo corporativo, são necessários o debate e a reflexão que possibilitam um saber crítico e atual sobre as relações entre o trabalho e as desigualdades sociais e que contemple todos os novos desafios da modernidade.
Gostou do conteúdo? Para saber mais sobre diversidade, inclusão e acessibilidade, baixe nosso e-book completo sobre o assunto!