Open Talent: como contratar profissionais sob demanda e impulsionar resultados

No cenário da gig economy, em que empresas buscam agilidade e talentos valorizam flexibilidade, o modelo open talent se destaca como uma alternativa estratégica ao vínculo tradicional de trabalho.
Essa abordagem permite a contratação de profissionais altamente qualificados para projetos pontuais e sob demanda, oferecendo mais agilidade, diversidade operacional e inovação para empresas de todos os portes.
Neste artigo, você entenderá como a contratação flexível pode ser um diferencial competitivo e trazer novas oportunidades. Boa leitura!
- O que é open talent?
- Como contratar talentos no regime open talent?
- 4 benefícios do open talent para empresas que buscam agilidade
- Como alinhar a cultura organizacional ao modelo open talent?
- Como aplicar open talent em grandes empresas? Veja 5 passos!
O que é open talent?
Open talent — também conhecido como talent as service — é um modelo de contratação em que profissionais são recrutados para projetos pontuais ou demandas específicas, sem vínculo empregatício tradicional.
Ao contrário do regime CLT, essa modalidade flexível oferece mais adaptabilidade e estratégia para a área de RH, permitindo que diferentes segmentos de negócios respondam rapidamente às mudanças do mercado.
Prova disso é que 69% das empresas acreditam que o open talent economy deve se tornar relevante no país, enquanto 26% comentam que isso acontecerá em curto prazo.
Principais características do open talent
Contratação econômica: como não há relação trabalhista via CLT, a empresa reduz custos com encargos trabalhistas, benefícios e estrutura física.
Seleção otimizada: a contratação é mais dinâmica e objetiva, com redução de etapas burocráticas.
Acesso à expertise global: o modelo conecta o negócio a uma rede ampla de talentos especializados com soluções proprietárias, mesmo que em diferentes regiões e nacionalidades.
Flexibilidade de trabalho: a pessoa contratada pode atuar em diferentes formatos, como anywhere office, home office ou híbrido, com liberdade para organizar seus próprios horários.
Como contratar talentos no regime open talent?
No trabalho sob demanda, a empresa identifica uma necessidade estratégica, como conhecimento técnico ou comportamental específico, agilidade na entrega ou escassez de talentos na equipe.
Após isso, é necessário definir as plataformas de atração e seleção de talentos, os critérios de avaliação de competências e os regimes de trabalho mais adequados para cada projeto — sempre em alinhamento com as lideranças envolvidas.
Contar com uma consultoria especializada em talent as a service também pode ser um diferencial competitivo, pois integram tecnologia, metodologias avançadas e expertise de mercado para atrair profissionais qualificados e com fit cultural.
Já a remuneração é definida conforme o acordo entre as partes. Geralmente, freelancers, consultores e especialistas atuam como pessoa jurídica (PJ), sendo pagos por projeto, período determinado ou metas alcançadas.
Confira, na sequência, as principais vantagens de adotar esse modelo no seu negócio!
4 benefícios do open talent para empresas que buscam agilidade
1. Maior flexibilidade
Em projetos urgentes ou de curta duração, o modelo talent as a service oferece uma vantagem estratégica: permite escalar a equipe de maneira eficiente de acordo com a demanda do mercado.
Por sua natureza flexível, é possível combinar diferentes formatos de remuneração, regimes de trabalho e modelos de gestão, adaptando-se às necessidades do projeto e às preferências dos talentos.
2. Acesso às habilidades e competências relevantes
Na era da gig economy, profissionais de diferentes níveis de senioridade optam por modelos de trabalho autônomos e flexíveis. Uma pesquisa da WeWork revelou que 95% dos colaboradores consideram a flexibilidade um fator decisivo ao escolher ou trocar de emprego.
Com o open talent, o RH pode acessar esse público (consultores, freelancers e especialistas) com diferentes habilidades, experiências e níveis de especialização.
Quando bem consolidado, esse modelo permite preencher lacunas técnicas ou comportamentais, resolver desafios pontuais e incorporar novas perspectivas ao time, impulsionando o desenvolvimento interno.
3. Estímulo à cultura de inovação
Se o objetivo é ampliar a gestão do conhecimento e transformar obstáculos em soluções estratégicas, o trabalho sob demanda pode ser uma alternativa eficaz.
Ao acessar uma rede de profissionais autônomos, empresas se conectam a um alto capital intelectual, com novas metodologias e perspectivas que modificam o status quo da equipe.
4. Redução de custos
Um dos principais atrativos da estratégia open talent é a redução de custos e realocação intencional do plano orçamentário.
Ao combinar talentos internos e externos, a companhia economiza com encargos trabalhistas, benefícios fixos e estrutura física, direcionando os recursos de forma mais competitiva.
Além disso, contrata apenas quando necessário, com foco em entregas específicas que vão agregar valor ao projeto e ao time.
Como alinhar a cultura organizacional ao modelo open talent?
1. Defina objetivos estratégicos
Para aproveitar ao máximo o sistema open talent, é essencial adaptá-lo à cultura organizacional e ao modelo de negócio por meio de um planejamento bem estruturado.
Na implementação do trabalho sob demanda, RH e lideranças devem estar alinhados quanto aos objetivos estratégicos e às metas a serem alcançadas, mesmo em fases experimentais.
Alguns pontos importantes a considerar:
- áreas que podem exigir conhecimentos especializados e projetos periódicos;
- tipos de funções e entregas a serem contempladas no escopo;
- período em que os profissionais externos atuarão;
- regras sobre confidencialidade de dados e obrigações jurídicas;
- formas de integrar equipe interna e freelancer de maneira harmônica.
2. Prepare as lideranças
Para maior aproveitamento do trabalho sob demanda, os gestores precisam confiar nas pessoas e estar abertos às particularidades do regime de trabalho, respeitando os limites de produtividade e os formatos de atuação adotados — seja remoto, híbrido ou por projeto.
Além disso, é papel da liderança promover um ambiente organizacional saudável, baseado em segurança e autonomia, sem renunciar à qualidade das entregas.
3. Favoreça a colaboração entre a equipe
Profissionais temporários dificilmente atuam de forma isolada — por isso, é essencial estarem bem integrados ao time da empresa.
Para que essa colaboração funcione, é preciso contar com gestores qualificados e ferramentas de gestão adequadas, que estimulem o trabalho em equipe e a troca de conhecimentos.
Isso inclui uma visão integral sobre a cultura e os valores da organização, além de uma comunicação transparente sobre as posições de cada talento e os processos em andamento.
4. Invista em comunicação eficiente
Complementando o tópico anterior, nenhum modelo de trabalho funciona bem sem uma comunicação eficaz. No contexto do workforce ágil, essa lacuna pode ser ainda mais crítica.
Uma liderança digital (e-leadership) capaz de gerenciar equipes híbridas com dinamismo e visão estratégica, pode fazer toda a diferença.
Além disso, a empresa precisa implementar soluções tecnológicas que facilitem alinhamentos rápidos e garantem visibilidade sobre as demandas, prazos e projetos. Plataformas como Trello, Asana e Microsoft Teams são grandes aliadas.
Como aplicar open talent em grandes empresas? Veja 5 passos!
1. Identifique oportunidades
O primeiro passo é mapear oportunidades internas e externas, com uma estratégia de talent acquisition voltada para a flexibilidade e resultados.
Avalie quais áreas estão em expansão no mercado gig economy, especialidades em alta e projetos que podem se beneficiar da contratação sob demanda.
Em seguida, realize uma análise orçamentária e de aderência à cultura organizacional, fatores essenciais para aplicar o modelo de forma coerente com os desafios do negócio.
2. Estabeleça métricas de desempenho
Como qualquer investimento estratégico, o mercado de trabalho temporário deve ser constantemente avaliado pelo RH. Afinal, nem sempre será o mais adequado para todos os tipos de projetos e segmentos de negócios.
Com métricas de desempenho bem definidas, é possível mensurar os impactos por meio de resultados tangíveis. Considere, por exemplo:
- performance da equipe: houve aumento de produtividade e alcance de metas com a admissão de talentos externos?
- comparativo de custos: o retorno do trabalho sob demanda foi mais vantajoso que o da contratação tradicional?
- inovação e criatividade: qual foi o percentual de soluções criativas aplicadas, problemas resolvidos e potencial de crescimento da empresa com esse público?
- taxa de retenção: mesmo que não seja a prioridade nesse modelo, profissionais que retornam para novos projetos indicam boas experiências e compatibilidade com o negócio.
- clima organizacional: a presença de funcionários freelancers impactou positiva ou negativamente o engajamento e as relações da equipe?
3. Monitore e realize ajustes
Após acompanhar as métricas de desempenho por um período definido, RH e lideranças conseguem avaliar se o open talent está gerando os resultados esperados.
Em muitos casos, será necessário ajustar o processo de contratação sob demanda — seja para garantir maior alinhamento com a cultura organizacional, seja para otimizar a integração de talentos e a qualidade das entregas.
O monitoramento contínuo, aliado a uma visão estratégica sobre pontos de melhoria, é fundamental para o modelo evoluir e revelar o seu potencial para o negócio.
Como vimos ao longo do artigo, em um mercado movido pela economia digital e pelo alto giro de oportunidades, o RH se abre para testar novos modelos de contratação. O objetivo é superar a rigidez, a lentidão e a estagnação nas entregas estratégicas.
Em vez de depender exclusivamente da equipe interna, o modelo open talent permite a admissão de talentos qualificados sob demanda, impulsionando a performance, a inovação e a competitividade do negócio.
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