Cibersegurança nas empresas: como se proteger de ameaças digitais?

A cibersegurança deixou de ser uma pauta exclusiva da área de TI para se tornar um tema estratégico de Gente e Gestão.
Um ataque digital, vazamento de dados ou mesmo uma falha humana pode comprometer operações, impactar resultados financeiros e comprometer a reputação de qualquer organização, colocando em risco sua performance e potencial de expansão.
Neste artigo, você entenderá por que é tão relevante investir em segurança digital e como o RH pode ser um aliado na construção de uma cultura de proteção de dados.
Navegue pelo conteúdo:
- O que é cibersegurança nas empresas?
- Por que é tão importante investir em cibersegurança?
- O que uma empresa deve fazer para proteger sua cibersegurança?
- Qual a diferença entre segurança da informação e cibersegurança?
- O que um profissional de cibersegurança faz?
- Qual é o papel do RH na segurança digital?
O que é cibersegurança nas empresas?
A cibersegurança nas empresas é o conjunto de práticas, processos e tecnologias que visa à proteção de todo o ecossistema digital.
Sua atuação é preventiva e corretiva, ajudando a identificar, mitigar e resolver riscos e ameaças virtuais que podem comprometer a continuidade da organização.
A seguir, conheça os principais tipos de cibersegurança:
- segurança de rede: protege a infraestrutura de rede contra acessos indevidos e ataques;
- segurança na nuvem: assegura que dados e aplicações estejam seguros em ambientes de nuvem;
- segurança de dados: garante a integridade, confidencialidade e recuperação de informações sensíveis de funcionários e clientes;
- segurança de aplicações: previne falhas e vulnerabilidades em softwares e aplicativos gerais.
Por que é tão importante investir em cibersegurança?
Com o avanço da transformação digital e das conexões em alta velocidade, os ataques cibernéticos se tornaram recorrentes, mais sofisticados e difíceis de prever.
Hoje, empresas de diferentes portes e setores enfrentam ameaças em escala global.
Nesse cenário, o Brasil é o segundo país com mais invasões hacker no mundo, ficando atrás somente dos Estados Unidos.
Esses eventos podem interromper operações empresariais, comprometer dados sensíveis e, sem uma equipe interna capacitada, exigir o suporte imediato de especialistas externos.
Consequentemente, o setor financeiro é o primeiro a arcar com os prejuízos.
Um estudo da VULTUS Cybersecurity Ecosystem, por exemplo, aponta que as organizações brasileiras podem acumular perdas de até R$ 2,2 trilhões nos próximos três anos.
Os danos não são apenas orçamentários. Eles se estendem para áreas como:
- potencial de investimentos: a fragilidade na reputação afeta negociações e novas parcerias estratégicas;
- marca empregadora: a confiança de candidatos e colaboradores é prejudicada diante de falhas na segurança da informação;
- clima organizacional: uma má gestão de crise aumenta a pressão sobre o time, afetando engajamento e desempenho.
O que uma empresa deve fazer para proteger sua cibersegurança?
Diagnosticar a segurança digital
O primeiro passo é entender o cenário de proteção digital da organização, avaliando a equipe disponível, os processos e as tecnologias utilizadas.
É essencial mapear vulnerabilidades e estabelecer uma política estruturada de cibersegurança, com diretrizes claras sobre bloqueio de dispositivos, gestão de senhas, acesso remoto, rotinas de backup, adequação à LGPD, entre outros procedimentos relacionados.
Contratar especialistas em cibersegurança
Segundo um levantamento global da Fortinet, o Brasil enfrenta um déficit de 750 mil profissionais especializados em cibersegurança, um dos principais fatores que contribuem para o aumento de violações e ataques cibernéticos no país.
Contratar talentos qualificados, com conhecimento técnico e experiência prática na área, deve ser prioridade de empresas que buscam reduzir riscos e gerenciar com segurança eventos críticos.
Criar uma cultura de segurança
Mais do que processos tecnológicos, liderança e cultura organizacional são os pilares que sustentam a política de cibersegurança.
Dados do Fórum Econômico Mundial apontam que 95% dos incidentes de segurança ocorrem por erro humano.
Nesse sentido, é importante educar as equipes sobre comportamentos seguros e incentivar a responsabilidade compartilhada sempre que possível.
Ter um plano de prevenção e resposta
Mesmo com estruturas consolidadas, o cenário de cibersegurança nas empresas pode ser instável.
Ter um plano de defesa atualizado e alinhado ao escopo de atuação aumenta a capacidade e precisão de resposta organizacional.
Considere incluir treinamentos regulares e simulações práticas com o time, tanto para avaliar a performance técnica quanto o preparo emocional dos profissionais.
Realizar revisões contínuas
Cibersegurança no ambiente corporativo exige atenção contínua, análise de tendências e ajustes estratégicos.
Revisar periodicamente as necessidades de contratação, a alocação de talentos e as ferramentas de controle são práticas valiosas para manter a companhia pronta para evoluir com o mercado.
Qual a diferença entre segurança da informação e cibersegurança?
Embora estejam relacionadas, segurança da informação e cibersegurança são áreas de atuação distintas.
A segurança da informação é mais abrangente, voltada à proteção de todos os dados da instituição, sejam digitais, físicos ou verbais.
Seu foco é garantir confidencialidade, integridade e disponibilidade das informações somente para pessoas autorizadas nas empresas.
Já a cibersegurança se concentra na proteção do ambiente digital e na prevenção de ameaças como ransomware, malware, spyware, phishing corporativo e outras atividades semelhantes.
O que um profissional de cibersegurança faz?
Um especialista em cibersegurança previne, detecta e monitora ataques digitais de todas as naturezas.
Ele é responsável por implementar arquiteturas de segurança robustas, além de definir políticas e planos de ação alinhados aos desafios do negócio.
Nas organizações, precisa integrar hard skills como conhecimentos técnicos em redes de computadores, computação em nuvem, sistemas operacionais e lógica de programação.
Já as habilidades comportamentais incluem liderança técnica, capacidade analítica, trabalho sob pressão, atenção aos detalhes, proatividade e visão estratégica.
Exemplos de cargos em cibersegurança:
- Analista de Segurança da Informação.
- Auditor de Conformidade.
- Engenheiro de Segurança.
- Consultor de Cibersegurança.
- Penetration Tester (testador de invasão).
- Analista de SOC (Security Operations Center).
- CISO (Chief Information Security Officer ou Diretor de Segurança da Informação).
Qual é o papel do RH na segurança digital?
A área de Gente e Gestão desempenha um papel fundamental na proteção dos ativos organizacionais e na implantação de estratégias eficazes de cibersegurança.
Ela colabora com a gestão e a equipe de segurança da informação para alinhar estratégia, processos e cultura, refinando a abrangência das iniciativas.
Sua atuação se concentra em três frentes principais:
- mapeamento de vagas, competências e faixas salariais voltadas à segurança cibernética, apoiando políticas de atração, seleção e desenvolvimento de profissionais especializados;
- programas de capacitação e certificação contínuos, com foco na construção de equipes de alto desempenho e na retenção de talentos qualificados;
- comunicação clara e transparente, fortalecendo a cultura de cibersegurança por meio da disseminação de boas práticas em todas as áreas.
Como vimos, a cibersegurança nas empresas envolve medidas aprofundadas de ponta a ponta.
O cenário atual exige iniciativas coordenadas do RH e lideranças, visando especialmente a construção de uma cultura sólida em segurança digital.
Organizações que investem nessa preparação mantêm sua competitividade em alta, preservam um clima saudável e asseguram a continuidade dos negócios mesmo em situações inesperadas.
Quer ficar por dentro de outros assuntos do universo de RH? Assine a nossa newsletter e receba conteúdos selecionados por e-mail!