Motivação não pode ser “comprada”: entenda!

O que sabemos sobre motivação? Ainda que o tópico venha sendo abordado por décadas, ele continua sendo um princípio geral muito abstrato, que é “inspirar as pessoas para que elas se envolvam”. Isso requer, de acordo com o senso comum, compensação e reconhecimento a um indivíduo.
Ainda assim, de acordo com a Psicologia, isso não é o que indica impactar em grande escala o comprometimento de cada pessoa no trabalho. Neste post, você vai entender quais são os 3 pontos-chave dos questionamentos sobre motivação considerados na comunidade científica. Acompanhe!
1. Não é possível motivar qualquer pessoa
Não no longo prazo, pelo menos. Edward L. Deci e Richard Ryan (2000), dois pesquisadores, já obtiveram inputs consideráveis sobre motivação ao demonstrarem que humanos são “autodeterminados”. Segundo esses estudiosos, isso quer dizer que as pessoas, em sua essência, não conseguem se auto motivar.
Assim, eles colocam fatores aceleradores de motivação “intrínseca”, específicos a cada indivíduo, que geram um incentivo a longo prazo (necessidade de desafio, altruísmo, segurança etc). Isso se diferencia dos motivadores “extrínsecos”, que surgem por meio de fontes externas (remuneração, reconhecimento, avanços na carreira etc) e produzem efeitos no curto prazo.
Mas, afinal, por que a maioria das pessoas fala somente de fatores extrínsecos quando discutimos motivação, sendo que esses fatores apenas causam um efeito superficial? Simplesmente porque esses são fatores chave dos quais nós temos controle, ainda que essa não seja a abordagem mais efetiva.
2. É possível identificar fatores de motivação intrínsecos
É bem possível identificar os fatores de motivação intrínseca das pessoas. Universalmente, Deci e Ryan destacaram três principais. Basicamente, eles giram em torno de três pilares:
- Competência: se sentir competente em gerenciar as atividades às quais alguém é encarregado;
- Autonomia: superar as dificuldades que um indivíduo encontra e a habilidade de desenvolver soluções;
- Apoio: ter o suporte de colegas profissionais e receber a ajuda deles, se preciso.
É importante lembrar, porém, que cada necessidade será expressada de maneira diferente, de pessoa para pessoa.
3. Motivação é importante quando se recruta
Finalmente, não é sempre necessário aproveitar toda a motivação de uma pessoa, exceto no momento do recrutamento. Essa é a melhor oportunidade para confirmar se um candidato pode acessar sua motivação na posição que está sendo ofertada.
Para além disso, é no recrutamento que você poderá saber se, de fato, uma pessoa está alinhada ao que está sendo proposto com uma determinada vaga. Para descobrir isso, precisamos perguntar as seguintes questões durante uma entrevista de emprego:
- quais são as atividades que te dão mais prazer e quais são as mais estressantes?
- o que você espera de um gerente? Me fale de uma pessoa que mais atende às suas expectativas e como você materializa essas qualidades?
- em que cenário você gostaria de trabalhar e qual mais incomoda você?
Repare que essas perguntas estão relacionadas à vaga de emprego, trabalho em equipe equipe (especificamente gerenciamento) e empresa. Esses são os três fatores principais da motivação intrínseca!
Agora que você já sabe um pouco mais sobre a motivação, o que acha de entender também como as soluções de assessment podem te ajudar nesse processo?